domingo, 29 de junho de 2008

ERP - Dificuldades com as Resistências Individuais - Parte II

De todos os elementos da ecologia da informação, comportamento e cultura são provavelmente os menos explorados, comportamento informacional se refere ao modo como os indivíduos lidam com a informação, inclui a busca, o uso, a alteração, a troca e até mesmo o ato de ignorar os informes. Conseqüentemente, quando administramos o comportamento à informação, tentamos aperfeiçoar a eficácia global de um ambiente informacional por meio de uma ação combinada.
Enquanto o comportamento envolver atos individuais, a noção de cultura abrange grupos ou organizações – em particular os valores e as crenças de um grupo. Por cultura em relação à informação entendo o padrão de comportamentos e atitudes que expressam a orientação informacional de uma empresa. Culturas, nesse sentido, podem ser fechadas ou abertas, orientadas por fatos ou baseadas na intuição ou em rumores, de enfoque interno ou externo, controladas ou autorizadas. A cultura informacional de uma empresa pode também incluir preferências organizacionais por certos tipos de canais ou meios. Como exemplo, podemos citar a comunicação pessoal em contraposição ao telefone ou à teleconferência.
Algumas empresas têm crenças definidas sobre como a informação deve ser apresentada, como a predileção histórica da IBM por projeções sobre telas. Outras atitudes culturais incluem a antipatia por tecnologias específicas, como a repugnância da First Union pelo correio de voz (mais precisamente, a aversão do diretor-presidente imposta a toda a organização). Como acontece com todo tipo de cultura, o gerente freqüentemente luta com sua cultura informacional de modo subjetivo, impressionista, aprendendo como descreve-la em vez de tentar analisa-la formalmente.
Em quase todas as empresas os executivos concordariam em que parte do valor dessas mesmas empresas está no conhecimento que possuem. No entanto, para utilizar como vantagens o conhecimento, uma organização deve instituir mudanças em seu comportamento informacional.


"Ecologia da informação: por que só a tecnologia não basta para o sucesso na era da informação" (Thomas H. Davenport).

domingo, 8 de junho de 2008

ERP - Dificuldades com as Resistências Individuais - Parte I

Quando um indivíduo ou uma função controla a maior parte das informações de uma empresa, o resultado político é a monarquia. O monarca – que pode ser ou não um gerente de alto nível – especifica que tipos de dados são importantes, estabelece significados para elementos chave, e até mesmo procura controlar o modo como a informação é interpretada. Esse modelo político pode beneficiar empresas relativamente pequenas que operam em um só setor. A maioria dos monarcas ao menos conhece o valor da informação, e os reis e rainhas que regem uma unidade específica, ou um tipo de informação, pode operar dentro de um contexto organizacional mais amplo de federalismo ou feudalismo.
Mudar a maneira como as pessoas usam a informação – e, como objetivo maior, construir uma cultura informacional – é o ponto crucial da ecologia da informação, em diversos setores, gerentes de todos os níveis descobriram pesarosos que, a dimensão comportamental e cultural da mudança com freqüência é a mais difícil de obter. Empresas que procuram aperfeiçoar a qualidade, redefinir processos ou aumentar a satisfação do cliente percebem que as coisas aparentemente mais fáceis são, na verdade, as mais difíceis, e o planejamento de novos processos de trabalho, novas estruturas organizacionais, novas estratégias, parece brincadeira de criança quando comparado às alterações diárias de comportamentos e de atitudes. As empresas continuam a planejar sistemas complexos e caros de informação que não podem funcionar a não ser que as pessoas modifiquem o que fazem. Ainda assim, essas empresas raramente identificam em que o comportamento e a cultura devem mudar, para que suas iniciativas informacionais obtenham êxito. Até mesmo os termos comportamento informacional e cultura informacional são pouco reconhecidos pelos gerentes.
 
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